Bijan Qutub

Bijan Qutub


A primeira vez que eu vi Bijan Qutub foi nas Euronews, em 29 de Agosto de 2013. Ele participava do Festival de Bahreïn. A primeira vez, foram as imagens de sua performance em Scheherazade (uma palavra persa que significa nascido na cidade ou criança da cidade), um balé clássico criado por Diaghilev, como um projeto do Centro Nacional de Cultura e Artes na Jordânia onde Bijan nasceu de um casal misto de jordanianos e Hispano-Filipinos. Hoje ele está em Nova York na Joffrey Ballet School onde, nas palavras de Nijinsky’s, dedica seu corpo e alma para a dança, trabalhando como um cachorro, uma tardia mas transcendente paixão.

São seis da manhã. Bijan está lá, no metrô, sentado ao lado de duzentos homens de bigode. Suas pálpebras fechadas de maneira que ele possa ver somente seu único sonho de novo e de novo. Um sonho que se repete noite após noite e que está prestes a se tornar realidade: se tornar um dos melhores, nos melhores balés... Nova York? Lausanne? Milão? Viena? Tókio?

Pela força de querer que as estrelas dançem, ele se perde um pouco. O sonho não é uma rápida loucura? A loucura não é um longo sonho? Ele sente seu corpo mudar, ele vê os passos da dança novamente e não consegue mais sentir seus músculos, dançando sendo uma explosão de si, de comoção, dançando sendo uma necessidade, como outros podem escrever ou cantar. Bijan podia ser visto dançando em todo lugar, ruas desertas de Amman, nos desertos de citrino natural, desertos de radiação pessoal, para aceitar seu próprio poder e regular as relações de força. Ele podia ser visto com seus braços bem abertos contra o mundo para dar a ilusão de mudança de estado, com seu corpo e alma caminhando em anéis e círculos ou enquanto tentava voar. Por isso dançar é parte da vida dos melhores escritores e dos melhores artistas, um sentimento que as mais corretas palavras não são capazes de explicar, como nas mais bonitas pinturas e esculturas do artista iraquiano chamado Ahmed Al Safi, neo-expressionista. Quem sabe se Bijan já não começou a escrever um diário no qual narra a história de um personagem voador que vai de cima a baixo para contar sobre seus passos para se manter vivo em um desenho incerto?

E eu estou tentando descobrir o que incitou o jovem garoto. Porque eu não mencionei, mas, quando ele decidiu forçar seu corpo a dançar, Bijan pesava 130 kg. Eu não acho que ele se viu como um dançarino de Bolero, mas já como uma leve sombra, então tinha que perder peso, ele o fez e perdeu 60kg inúteis. Dançar não é só uma conquista física, dançarinos são como poetas, eles pegam as flores mais bonitas de um mundo e as tornam importantes. Sem esquecer que em meu papel, que nossos papéis consistem em aprimorar a beleza de um mundo cruel.

Quem é Bijan Qutub ?
Bijan Qutub, de 22 anos, tem uma história incrível para contar. Garoto obeso e anti-social descobre a dança e treina com determinação até que ele recebe uma bolsa de estudos para uma das escolas de balé mais prestigiadas do mundo : The Joffrey Ballet School em Nova York


Crédito de foto : 4Youth Magazine
Descobrir on-line : http://bijanqutub.weebly.com

Tradução : Marcelo Favaretto


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